Que o gin é a bebida queridinha do momento, todo mundo já sabe. No entanto nem todos conhecem como é feita a produção do gin.
Não se espante por não ter ideia de como a bebida é fabricada. Mesmo sendo sucesso há muito tempo em países como a Espanha, aqui no Brasil o destilado conquistou espaço mesmo nos últimos anos. Portanto, é comum as pessoas não saberem maiores detalhes de todo o processo de fabricação. Sendo assim, selecionamos todas as particularidades que envolvem a produção do gin, confira.
Tabela de Conteúdos
- Os processos de destilação na produção do gin
1.1 – Embebimento e fervura dos botânicos
1.2 – Infusão através do vapor
1.3 – Produção do gin composto
1.4 – Destilação à vácuo
1.5 – Gin envelhecido - Botânicos envolvidos na produção do gin
Os processos de destilação na produção do gin
Com o objetivo de obter os mais distintos sabores, o gin passa por um processo de redestilação, e é durante esse processo que os extratos botânicos são infundidos na base alcoólica. No entanto, existem formas diferentes de fazer isso quando falamos sobre a produção do gin.
Embebimento e fervura dos botânicos
Parecido com a produção de um chá, esse primeiro método é o de embebimento dos botânicos, que são essencialmente todos os ingredientes naturais que formam a base alcoólica. Os óleos essenciais dos botânicos são extraídos através do etanol do destilado. Para isso, as bagas do zimbro e outros ingredientes selecionados de forma cuidadosa são deixados por até 48 horas antes da destilação. Dessa maneira, essa redestilação produz uma bebida clara e suave, adicionada agora com os sabores dos vegetais escolhidos. No produto final desse processo ainda vai água para que se atinja a porcentagem correta de álcool para seu engarrafamento.
Infusão através do vapor
O segundo modo de produção do gin é através do processo de infusão por vapor. O zimbro e os botânicos escolhidos para a composição da bebida são colocados em cestas dentro do alambique, porém não entram em contato com o etanol. Antes mesmo que o líquido entre para o processo de destilação, o vapor do etanol passa por esses vegetais, permitindo assim que liberem seus óleos essenciais no vapor. Sendo assim, no condensamento do vapor em estado líquido, a essência desses botânicos agora está infundida no destilado. Neste processo, no final, também é adicionado água para que se atinja o teor alcoólico desejado.
É importante destacar que esse processo de infusão confere ao produto final um sabor mais sutil, diferente dos métodos de embebimento e fervura, que adicionam um sabor mais presente ao destilado.
Produção do gin composto
A junção de ambos os métodos anteriores criam uma nova forma de produção do gin. Com a finalidade de obter mais controle sobre os sabores do produto, alguns destiladores produzem a bebida colocando as abordagens em camadas, já outros produzem o destilado com infusão de vapor e o destilado embebido com as ervas de modo separado, misturando posteriormente.
Destilação à vácuo
Esse processo de produção do gin é bem similar ao primeiro método, diferenciando pelo fato de que o álcool é redestilado com botânicos sob vácuo e reduzindo a temperatura em que o etanol irá ferver. Dessa forma, quanto mais forte for o vácuo, necessariamente mais baixa precisa ser a temperatura de fervura.
Gin envelhecido
Mesmo não sendo tão comum nos dias de hoje, alguns destiladores têm revivido esse modo de produção do gin. O gin, diferente dos outros destilados, não precisa de muito tempo para o envelhecimento, o que acontece geralmente em até 6 meses. O destilado ganha um sabor mais amadeirado e seco. Para o processo de envelhecimento do gin o ideal é utilizar um barril mais usado e com um tempo médio de maturação de até 3 meses.
Os botânicos envolvidos na produção do gin
Alguns botânicos são predominantes na produção do gin, o zimbro, por exemplo, é predominante em todos os exemplares. No entanto, a combinação de outros botânicos dá a cada marca de gin sua identidade, características e sabores específicos. Muitos botânicos podem ser usados para dar sabor ao gin, porém, para facilitar, podemos dividir os mais comuns em quatro grupos:
- Florais: camomila, folha de louro e raiz de Orris.
- Picantes: gengibre, sementes de coentro, cardamomo, canela, capim-cidreira e sementes de angélica.
- Amadeirados: raiz de angélica, alcaçuz e noz-moscada.
- Cítricos: tangerina, laranja-azeda e toranja rosa.